segunda-feira, 24 de maio de 2010

Você já se pegou pensando o que é a Loucura?

Segundo a Psicologia, a loucura ou insânia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença.

Algumas visões sobre loucura defendem que o sujeito não está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade.

Na visão da lei civil, a insanidade revoga obrigações legais e até atos cometidos contra a sociedade civil com diagnóstico prévio de psicólogos, julgados então como insanidade mental.

Na visão de Homero, os homens não passariam de bonecos à mercê dos deuses e teriam, por isso, seu destino conduzido pelos "moiras", o que criava uma aparência de estarem possuídos, ao qual os gregos chamaram "mania".

Para Sócrates, este fato geraria quatro tipos de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. A ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.

Philippe Pinel, alterou significativamente a noção de loucura ao anexá-la à razão. Ao separar o louco do criminoso, afastou o aspecto de julgamento moral que constituía até então o principal parâmetro da definição da loucura.

Hegel afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão: "A loucura é um simples desarranjo, uma simples contradição no interior da razão, que continua presente".

A loucura deixou de ser o oposto à razão ou sua ausência, tornando possível pensá-la como "dentro do sujeito", a loucura de cada um, possuidora de uma lógica própria. Hegel tornou possível pensar a loucura como pertinente e necessária à dimensão humana, e afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.

Por transtorno, distúrbio, doença mental, ou ainda,transtorno psíquico, entende-se qualquer anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicólogica e/ou mental.

Depois de considerar tudo isso... Qual seu parâmetro para separar o que é normal do que é insano? Até onde existe essa separação?

O que faz um indivíduo romper o limite entre razão e total privação dela? Ou será que esse limite existe apenas em nossa imaginação, como ícone, uma tábua de salvação a que nos agarramos pra nos convencermos de que somos normais... Nunca se sabe quando poderemos deixar de sê-lo...

É o que você vai descobrir nas próximas páginas, se a frágil razão acompanhá-lo até o fim...

Insanidade - O Limiar da Razão é a nova antologia do selo Antology, da editora Multifoco.
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21 Momentos em que a linha da sanidade deixará de existir!



INSANO... É NÃO PARTICIPAR!!!!!!